Apenas hoje... Hoje eu aluguei um avião e rabisquei o céu de arco-íris, Comprei um balão para avistar o paraíso, e vi lá de cima Enfrente ao meu portão, a felicidade assobiava uma canção, Eu dedilhei no violão os acordes do Tavito. Realmente foi emoção, foi inesquecível não ter hora e nem Por que e nada pra fazer. De um balão quando se vê a nuvem Passar por você, parece que o tempo ficou tímido, envergonhado De correr, parece que o mundo lá embaixo ficou lívido. Benfazeja a esperança corria atrás da solidão a batalha se tornou Dura, pois a solidão de longe parecia ter mais fôlego, ainda mais De uns tempos para cá que sairmos da escravidão para cairmos na Ilusão de que a tecnologia nos daria mais tempo e cada dia é mais Contundente que o tempo que perdemos entre um amigo e outro era O mais importante. Paulo Valadares
Postagens
Mostrando postagens de fevereiro 3, 2011
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Poema psicodélico II Numa tarde de verão em que passeava na Varanda, Vanda Fernanda, tropeçou e escorregou, Procurando o corrimão que seu pai ainda não pusera Na escada, ela galgou de frente aqueles degraus, batendo Os dentes, a mão espalmada que ia cumprimentado o piso E por isso, somente por isso, sem muita explicação, ela aqui Como Lula lá, perdeu um dos dedos da mão. Mas acham que aquilo a abateu, não senhoras e senhores, Vanda cresceu cada vez mais dona de si e de seu nariz empinado, Seu jeito empertigado. Num passeio num dia nublado ela avista um cão, mas que coitada, debruçou-se para pegar um pedaço de pão para jogar ao animal, mas antes De qualquer reação o bicho estava com os dentes cravados em sua orelha e a arrancou Quase como um cirurgião, teve uma indigestão estranha ao mastigar A orelha de Vanda, a explicação do dono do cãozinho aos policiais foi muito bem feita, soltou-se da garagem que o aprisionava, da corrente Que o castrava, soltou-se mesmo da mão dele Ari...